OLD ROCK

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4/18/2008

conspiração

...E minha mão conspirou contra mim
E então se pôs a escrever pra ti.
Não queria mais saber do teu nome, nem do teu rosto.
O que eu queria mesmo era que ficasses naquela alcatraz chamada saudade...
Se pudessem ser os erros da vida
Iguais aos erros que borracha apaga.
Mas então não haveria graça nenhuma
Não poderia agora olhar pra trás e não me arrepender ou me arrepender mesmo
O que me importa?
O tempo, já me disseram, cura todas as chagas:
Estou curado!
Aquela ferida que você abriu em mim, não dói mais...
Não tenho mais poemas guardados pra ti em meu peito
Digo isso ao ar com o capital pecado do orgulho.
Aí vem esse maldito poema me falando:
- Chega de dissimular!
Tira teu disfarce!
Mostra o teu esconderijo.
Não insista, como você pode explicar:
Teus sonhos se arrastando aos pés dela na cama?
Tua insônia não pedindo nada em troca por tuas noites em claro?
Teu coração calado?
E quando te permites dormir
Fingindo estancar o tempo singrando ininterrupto
Que nome vem sempre aos teus lábios secos de beijarem em devaneio?
Que nome é esse pairando sobre teus pesadelos?
De quem é esse rosto fantasma arrastando correntes pela tua casa?
O que te importa?
- Tempo não é remédio
Esquece!
Esquece que te lembrei dela
E me libertas
Eu quero gritar, falar do mar,
De amar,
Do sol, da lua...
Das amizades, dos homens e mulheres...
Falar das crianças
Falar de ti
Do sol, do girassol.
Do céu, do carrossel.
Deixa a tua poesia voar novamente...

Um comentário:

Anônimo disse...
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