meu irmão, meu pai, meu filho
anjo endemoniado a flutuar sobre as crateras da lua
sob a sombra desta lua nua ecoam tuas palavras
palavras que vão de encontro aos burocratas, aos sem gosto e sem graça
aos sérios e injustos,
és contra os chatos, os coitados, os pacatos, os medrosos
tua música bate de frente com os censores, as palavras caladas, o silêncio
os obscuros, os lobos em pele de cordeiros, os pedantes
teu verbo hemorrágico cospe nos cultos, nos egos,
nos lerdos, na burrice,
teus acordes quebram os aquários, esquenta a água parada.
as palavras das páginas brancas ressoam...
tua árvore é só semente.
teu vidro, nada na frente.
meu irmão, meu pai, meu filho...
4/15/2006
4/13/2006
uma declaração de amor à arte
Para Adolfo Santos o amor... só o amor nos une a arte... a arte é nossa impressão digital deixada na alma e no tempo e não há amor mais estranho que o amor pela arte amor que não sossega quem ama que dá risadas quando descontente que só fica em paz nas tormentas e que se alimenta apenas dos aplausos da platéia no amor e na arte o soldado luta somente para defender o nosso eterno direito de cantar cantar qualquer canção sem mais nem porquê no amor e na arte somos mais importantes que o dinheiro, e este não pode comprar nosso dias e noites no amor e na arte toda manhã é uma manhã de sol, mesmo que esteja chovendo no amor e na arte não há papas na língua branco é branco preto é preto índio é índio mulçumano é mulçumano católico é católico protestante é protestante homem é homem mulher é mulher e mesmo assim tudo é uma coisa só não há distinção de cor, raça, credo ou sexo, não há distinção na arte o amor é livre, deixa viver não é amor ciumento posto em drama na arte professor e aluno, aprendem uma coisa só: aprender uns com os outros no amor a arte pinta e borda canta canções, dança sem parar, escreve seus poemas nos muros da cidade, representa a vida num banco de praça no amor e na arte a única lei do mundo é ser feliz então sejamos felizes! amemos! f açamos arte, por toda parte! para que ao fim de tudo possamnos olhar para trás e confessar: eu vivi. |
Assinar:
Postagens (Atom)