OLD ROCK

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3/08/2006

Poética

À Manuel Bandeira


A festa do enterro
Nossos sambistas
Mocinhas ... meus fragmentos
O heroísmo que marca os que marcam a morte
É uma flauta de papel
Contarei a história de um poema:
Antologias
Andorinha, minha adolescência é um encontro casual com a rosa
Rosa em cinzas horárias: irônica, erótica
Poemeto carnavalesco de sapos verdes
Bailando nos mares
O ritimo feliz dos sinos dissolutos
É a noite morta num berimbau, feito a libertinagem.
Não sei dançar mulheres
Penso nas famílias como um pneumotórax
Minha poética evoca recifes, notícias de jornal e poemas
Minha oração voa profundamente como andorinha
Na boca palinódia indiscreta vou-me embora
Estrelas da manhã cantam duas canções indígenas
Que falam de três mulheres: a filha do Rei,
A momentânea do café frio,
E a dona do trem de ferro
Não tenho cinqüent’anos
Meu ouro é preto
Minha maçã é forte-água
A estrela em meus olhos é a última canção do beco
Bela, bela, belíssima
Então a brisa do poema solitário
Teima e volta em sextilhas românticas ausentes
O poema santo quer neologismos
Mato o boi no verão
Torno-me grilo noturno do morro do encanto
E a lua nova é estrela tarde das tardes gélidas
Variando ... variando ...
Sérios sonetos formam sua peregrinação
Seu nome são vários nomes
Em si existem dois anúncios:
- Oitenta anos de poesia
Literatura clássica atual
Conteúdos fixos
Criações
Só tenho vinte anos
- Bibliografia ativa
Cronológica
Histórica
Literária
Não sou da Academia Brasileira de Letras
Obrigado!
Obrigado Manuel Bandeira por ter nascido

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